O Caldeirão Mágico: o fiasco que quase afundou a Disney

O Caldeirão Mágico
Imagem: Divulgação

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O Caldeirão Mágico estreou em julho de 1985 em meio a grande expectativa: era o 25.º longa-metragem animado da Disney e o primeiro do estúdio a receber classificação PG.

Mas, em vez de aplausos, ele encontrou salas vazias. Na primeira semana, arrecadou apenas US$ 4,1 milhões e terminou a carreira norte-americana com parcos US$ 21,3 milhões, menos da metade do que custou produzir.

Assim, o desenho ganhou rapidamente o apelido de “filme que quase matou a Disney”.

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Por que O Caldeirão Mágico custou tão caro?

O Caldeirão Mágico bateu um recorde indesejado: seu orçamento de US$ 44 milhões era o maior da história da animação até então.

O valor disparou por três motivos principais:

  • Tecnologia pioneira: foi o primeiro desenho da casa do Mickey a misturar CGI com animação tradicional.
  • Refilmagens e cortes: executivos acharam a história “assustadora demais” e mandaram refazer cenas inteiras.
  • Calendário esticado: o projeto ficou oito anos em produção, consumindo salários e testes de animação.

Resultado? Um custo astronômico para os padrões dos anos 80.

O Caldeirão Mágico e o baque financeiro da Disney

A conta não fechou: US$ 44 milhões investidos contra apenas US$ 21,3 milhões de bilheteria.

O prejuízo quase levou o departamento de animação à guilhotina.

Nos corredores de Burbank, falava-se até em encerrar os longas animados.

A salvação veio quatro anos depois, quando A Pequena Sereia abriu a era que chamamos hoje de “Renascimento Disney”.

Dores de cabeça que o estúdio preferia esquecer

  • O desenho perdeu o posto de “filme-evento” para Os Ursinhos Carinhosos, produzido por um estúdio bem menor.
  • Até um relançamento de 101 Dálmatas fez mais dinheiro naquele verão.
  • Com vergonha do fiasco, a Disney engavetou a obra: ela só ganhou versão VHS em 1997, 13 anos depois da estreia.

Do ostracismo ao status cult: o retorno de O Caldeirão Mágico

Hoje, O Caldeirão Mágico vive uma segunda vida. A atmosfera sombria, o vilão sinistro (o Rei de Chifres!) e os experimentos visuais renderam ao filme o rótulo de “cult” entre fãs de fantasia.

Desde 2016, a Disney detém novamente os direitos da série literária Crônicas de Prydain e rumores sobre um remake live-action aparecem volta e meia na imprensa.

Se um dia ele renascer em carne-e-osso, talvez finalmente pague a conta salgada que deixou na década de 80.

No fim das contas: o legado do Caldeirão Mágico

Resumindo: O Caldeirão Mágico foi caro, ousado e, na época, um desastre. Mas também abriu caminho para técnicas que a Disney refinaria nos anos seguintes.

Em outras palavras, o caldeirão quase ferveu o estúdio… e mesmo assim temperou o futuro da animação.

Já pensou rever (ou ver pela primeira vez) esse clássico “amaldiçoado” com outros olhos? Fica o convite!

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Foto de Augusto Tavares

Augusto Tavares

Me chamo Augusto Tavares, sou formado em Marketing e apaixonado pelo universo dos programas de TV que marcaram época. Como autor trago minha experiência em estratégia de comunicação e criação de conteúdo para escrever artigos que reúnem nostalgia e informação. Meu objetivo é despertar memórias afetivas nos leitores, mostrando como a era de ouro da televisão ainda influencia tendências e comportamentos nos dias de hoje.

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