Homem-Aranha 1967 abriu caminho para o herói nos lares do mundo inteiro, apresentando adversários que moldariam a mitologia do Aracnídeo por décadas.
Neste guia completo, você conhecerá cada vilão que surgiu no desenho, descobrirá suas histórias originais nos gibis e entenderá por que continuam tão populares.
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Os bastidores e a equipe criativa de Homem-Aranha 1967
Produzida inicialmente pelo estúdio Grantray-Lawrence e, nas temporadas seguintes, pela equipe de Ralph Bakshi, a série estreou na rede norte-americana ABC em 9 de setembro de 1967, terminando em 14 de junho de 1970, com 52 episódios distribuídos em três temporadas.
No Brasil, o desenho chegou primeiro à TV Bandeirantes em 1968, migrando em 1971 para a Rede Globo, onde virou atração vespertina até meados de 1976 e retornou nos anos 1980.
No elenco original de vozes, Paul Soles (Peter Parker/Spider-Man) já era conhecido como Hermey em Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho (1964).
- Peg Dixon (Betty Brant) também trabalhou em Rocket Robin Hood.
- Paul Kligman (J. Jonah Jameson) dublara o Major Talbot em The Marvel Super Heroes (1966).
- Ralph Bakshi, que assumiu a direção na 2.ª temporada, ficaria célebre por filmes como O Gato Fritz (1972) e O Senhor dos Anéis (1978).
Lista dos vilões clássicos da animação
A seguir, veja quem enfrentou o Cabeça de Teia no desenho e onde cada antagonista nasceu nos quadrinhos:
- Dr. Octopus – Estreou na série no primeiro episódio; veio de The Amazing Spider-Man #3 (julho 1963), criado por Stan Lee e Steve Ditko.
- Lizard – Também da 1.ª temporada; origem em ASM #6 (novembro 1963).
- Electro – Surge no segmento “Electro the Human Lightning Bolt”, baseado em ASM #9 (fevereiro 1964).
- Mysterio – Episódio “The Menace of Mysterio”, retirado de ASM #13 (junho 1964).
- Green Goblin – Figura em episódios como “The Green Goblin”; inspirado em ASM #14 (julho 1964).
- Sandman – “Sands of Crime” adapta seu debut em ASM #4 (setembro 1963).
- Rhino – Aparece na 3.ª temporada; veio de ASM #41 (outubro 1966), criado por Lee e John Romita Sr.
- Scorpion – Episódio “Sting of the Scorpion”; primeira vez nos gibis em ASM #20 (janeiro 1965).
- Kingpin – Ganhou participação tardia; nasceu em ASM #50 (julho 1967).
- Vulture – Adaptação de ASM #2 (maio 1963) no segmento “Where Crawls the Lizard/Vulture”.
Diferenças entre quadrinhos e TV
Para se adequar à censura televisiva dos anos 1960, muitos roteiros suavizaram violência e tragédias dos gibis. O Green Goblin, por exemplo, perdeu sua origem sombria com fraude industrial, enquanto vilões como Sandman receberam motivações genéricas.
Ainda assim, a animação manteve traços visuais fiéis, reutilizando layouts de John Romita Sr. e Ditko, embora reciclasse cenas para economizar orçamento, estratégia que virou meme na internet.
Recepção no Brasil e dublagem inesquecível
A chegada de Homem-Aranha 1967 à TV Bandeirantes coincidiu com a explosão dos super-heróis nos quadrinhos importados.
A primeira dublagem da Riosom abrasileirou nomes, transformando Peter Parker em Pedro Prado e J. Jonah Jameson em J. Jonas Jaime, além de criar a versão em português da icônica canção de abertura.
Na redublagem da Herbert Richers exibida na Globo nos anos 1980, os nomes voltaram ao original, mas a nostalgia já estava garantida.
Outros trabalhos de elenco e direção
- Paul Soles apareceu como o simpático dono da pizzaria em O Incrível Hulk (2008).
- Peg Dixon dublou Jane Porter em Tarzan (1967).
- Paul Kligman deu voz ao General Ross em The Marvel Super Heroes.
- Ralph Bakshi, depois da série, revolucionou a animação adulta com Heavy Traffic (1973) e influenciou animadores como Genndy Tartakovsky.
Onde assistir hoje
Nos Estados Unidos, todos os 52 episódios de Homem-Aranha 1967 estão disponíveis no Disney+ em seção clássicos de Marvel Animation.
No Brasil, a série pode ser encontrada em mídias digitais para compra na Amazon Prime Video e no iTunes, além de box em DVD importado intitulado Spider-Man: The ’67 Collection. Vale conferir a disponibilidade regional antes de assinar ou comprar.
Legado de Homem-Aranha 1967
Homem-Aranha 1967 permanece essencial porque consolidou visualmente o universo do herói fora dos quadrinhos, influenciando séries como Spider-Man and His Amazing Friends (1981) e até o look retrô usado em Homem-Aranha no Aranhaverso (2018).
O desfile de vilões icônicos, aliado ao carisma de Peter Parker, mostrou que animações poderiam adaptar tramas complexas de HQ, mesmo com recursos limitados. Isso abriu caminho para as séries animadas dos anos 1990 que marcaram toda uma geração.
Por fim, revisitar a animação é relembrar um período pioneiro em que a ousadia de Stan Lee, Steve Ditko e Ralph Bakshi encontrou novos públicos, garantindo que o Aracnídeo e seu panteão de adversários continuem vivos na cultura pop.
Homem-Aranha 1967 prova que boas histórias atravessam gerações e, mesmo sob orçamentos apertados, conseguem eternizar heróis e vilões na memória dos fãs.
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