O super-herói animado de 1966 que virou apresentador nos anos 90

Space Ghost
Imagem: Divulgação

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Quando surgiu em 10 de setembro de 1966 na CBS, Space Ghost parecia “apenas” mais um defensor intergaláctico criado pelo traço elegante de Alex Toth.

Seis décadas depois, ele se tornou um ícone‐coringa que atravessou o tempo, voltou dos cancelamentos e, em 1994, reinventou-se como anfitrião de um talk show surreal que pavimentou a estrada do Adult Swim.

Vídeo: Canal Arquivanimado

Origem galáctica nos anos 60

A encomenda feita por William Hanna e Joseph Barbera ao artista Alex Toth resultou numa série de duas temporadas e 42 episódios, exibida até 7 de setembro de 1968.

A voz potente de Gary Owens, famoso por “Laugh-In” e pelo Blue Falcon, deu sofisticação ao herói, enquanto Tim Matheson e Ginny Tyler interpretavam Jace e Jan.

Passagem relâmpago pelo Brasil

O desenho chegou à TV Tupi em 1967, passou pelo “Capitão Furacão” na Globo em 1969, migrou para Bandeirantes, Excelsior, Record e Manchete, até ganhar sobrevida via Boomerang e Tooncast na TV paga.

Esse vaivém explica por que gerações diferentes lembram de blocos infantis distintos quando ouvem o famoso “Raio de Destruição!” do herói.

Do combate ao crime ao sofá do talk-show

Em 15 de abril de 1994, Mike Lazzo transformou arquivos do desenho em um talk show fora de órbita, “Space Ghost Coast to Coast”.

Com animação recortada e humor non-sense, a atração entrevistou de Björk a Thom Yorke, antecipando o espírito meme da cultura pop.

George Lowe assumiu a nova voz do herói, C. Martin Croker deu vida a Zorak e Moltar, e Andy Merrill virou o irreverente Brak.

Elenco de dubladores que marcou gerações

  • Gary Owens – além do herói principal, foi narrador de “Dynomutt” e voz do Blue Falcon.
  • George Lowe – apareceu em “Robot Chicken”, “Aqua Teen Hunger Force” e, como artista plástico, teve obras no High Museum of Art. Falecido em 2 de março de 2025, aos 67 anos.
  • C. Martin Croker – animador e voz de Zorak/Moltar, morreu em 17 de setembro de 2016; Adult Swim liberou episódios gratuitos em tributo.

Curiosidades e recordes

  • “Coast to Coast” foi a primeira produção original do Cartoon Network; sem ela não haveria Adult Swim.
  • O episódio “Pavement” trouxe a banda indie para tocar no show, algo inédito na época.
  • O herói já dividiu tela com Dino Boy, Herculoids e até apresentou o bloco Toonami (vozes de Moltar) entre 1997 e 1999.

Onde assistir hoje

Os 42 episódios clássicos estão disponíveis para compra avulsa no Amazon Prime Video (Teste GRÁTIS por 30 Dias) (“Space Ghost & Dino Boy”), enquanto boa parte do talk show permanece gratuita no site do Adult Swim.

No Brasil, a disponibilidade em serviços como Max varia, pois o catálogo tem entrado e saído desde 2023.

Para colecionadores, os boxes em DVD continuam à venda em lojas on-line.

Outros voos da equipe

Tim Matheson estrelou “Clube dos Pilantras”, Ginny Tyler narrou “Mary Poppins”, e Mike Lazzo produziu “Aqua Teen Hunger Force” e “Sealab 2021”. George Lowe ainda dublou o “Dad” em “The Brak Show”, enquanto Croker animou vinhetas clássicas da TNT e Cartoon Network.

Legado nos quadrinhos e nos games

Nos anos 90, a DC Comics publicou minisséries com roteiros de Joe Kelly que ampliaram a mitologia, mantendo as pulseiras de energia e o famoso Invisível.

Em 2011, “Cartoon Network: Punch Time Explosion” trouxe Space Ghost como narrador e lutador secreto, aproximando a marca da geração gamer.

O futuro de Space Ghost

Mesmo numa galáxia saturada de super-heróis, Space Ghost permanece único ao reunir ação pulp, sátira meta-televisiva e nostalgia infantil em um pacote só.

Warner Bros. mantém a marca viva em licenças, e boatos de um novo revival animado circulam toda Comic-Con.

A morte recente de George Lowe reacendeu o interesse no personagem, provando que a voz é tão icônica quanto o traje branco.

Produtos colecionáveis esgotaram-se dias após o anúncio, e maratonas não oficiais pipocaram na web.

Seja como defensor dos sóis distantes ou como entrevistador atrapalhado, Space Ghost mostra que boas ideias sobrevivem a cancelamentos, mudanças de formato e até às fronteiras do streaming.

O fantasma espacial ainda tem muita órbita para percorrer.

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Foto de Augusto Tavares

Augusto Tavares

Me chamo Augusto Tavares, sou formado em Marketing e apaixonado pelo universo dos programas de TV que marcaram época. Como autor trago minha experiência em estratégia de comunicação e criação de conteúdo para escrever artigos que reúnem nostalgia e informação. Meu objetivo é despertar memórias afetivas nos leitores, mostrando como a era de ouro da televisão ainda influencia tendências e comportamentos nos dias de hoje.

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