A Praça É Nossa: bastidores, elenco e por que ainda faz a gente rir

A Praça é Nossa
A Praça é Nossa - Imagem: Divulgação/SBT

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A Praça É Nossa, humorístico criado por Carlos Alberto de Nóbrega em 1987 no SBT, mantém-se líder de audiência ao exibir esquetes curtas em torno de um banco de praça, apresentando personagens como Velha Surda e Paulinho Gogó, bordões consagrados e formato simples que se renova com novos talentos.

A Praça É Nossa mora no coração de quem cresceu ouvindo bordões como “Êta fuminho bão”. Já se perguntou por que esse banco de praça televisivo não perde a graça, mesmo depois de três décadas? Hoje, a gente revisita histórias de bastidor e descobre onde ver os episódios que mais marcaram o humor brasileiro.

A Praça É Nossa Na TV: Origem E Primeiros Anos

Em 1956, o roteirista e humorista Manuel de Nóbrega levou ao ar a primeira praça televisiva no programa “A Praça da Alegria”, exibido pela TV Rio. A ideia era simples: um banco de praça sendo visitado por tipos populares, piadas curtas e ritmo ágil, fórmula que rapidamente conquistou o público.

Primeira versão nos anos 50

No cenário de estúdio, pintado para lembrar uma praça carioca, câmeras fixas captavam quadros rápidos. Figurinos modestos e trilha ao vivo davam tom informal. Mesmo em preto-e-branco, a plateia reagia com gargalhadas, incentivando entradas improvisadas de atores como Consuelo Leandro e Ronald Golias.

Transição e legado familiar

Com o fim da primeira fase em 1977, Manuel sonhava atualizar o formato. Quem assume essa missão é o filho Carlos Alberto de Nóbrega. Ele roteiriza novos quadros na Rede Globo, mas apenas em 1987 o banco retorna em A Praça É Nossa, já no SBT, mantendo o conceito original com humor renovado.

Primeiros episódios no SBT

Os episódios de estreia ocupavam a faixa de quinta-feira à noite. O diretor Marcelo de Nóbrega usou cinco câmeras para captar reações rápidas. Personagens antigos reapareceram, enquanto figuras novas, como Velha Surda e João Plenário, surgiam para testar a plateia. A química entre roteiros curtos e timing cômico garantiu índices de audiência inesperados.

Influência na programação nacional

O sucesso de A Praça É Nossa pressionou emissoras rivais a investirem em humor de bancada. Programas como “Praça Brasil” e “Escolinha do Professor Raimundo” adotaram elementos semelhantes, embora sem reproduzir a simplicidade do banco na praça. A popularidade inicial assegurou contratos de patrocínio, ampliando recursos para cenário e elenco.

Evolução técnica e artística

Nos primeiros anos, o estúdio do SBT improvisava um coreto de madeira; logo, cenografia digital entrou em cena. Câmeras leves permitiram closes precisos, favorecendo expressões faciais que virariam memes décadas depois. A Praça É Nossa manteve-se fiel ao banco central, mas investiu em iluminação quente e microfones unidirecionais para clarear piadas.

Personagens Icônicos Que Viraram Bordões Populares

Ronald Golias e o eterno “Ô Cride”

Interpretando Pacífico, Golias popularizou o bordão “Ô Cride, fala pra mãe”. A atuação simples, cara de susto e gestos largos garantiram risadas imediatas. Mesmo quem era criança repetia a frase no recreio, criando identificação imediata.

Velha Surda e seu “Hein?”

Com um megafone na mão, Violeta Ferraz caricaturou a senhora que não escuta nada, mas responde tudo. O repetitivo “Hein?” criava efeito dominó: cada pergunta sem resposta rendia uma nova piada. Até hoje, peças de teatro resgatam a personagem. Nos vídeos antigos de A Praça É Nossa ela ainda diverte públicos variados.

Canarinho, o “Nojento!” irreverente

Vestido de amarelo, o comediante soltava um “Nojento!” a cada situação absurda. A palavra curta, dita com bico no rosto, virou resposta pronta para qualquer provocação no recreio escolar. O ator usava o bordão para criticar atitudes esnobes, gerando empatia.

Paulinho Gogó e João Plenário

Paulinho, contador de vantagens, emplacou “Quem não tem dinheiro, conta história”, enquanto o político João Plenário reforçava “Sou homem de reputação ilibada”. Esses dichotes ironizam o jeitinho brasileiro, mantendo viva a essência de A Praça É Nossa no horário nobre. Essas expressões transformaram-se em assinatura pessoal dos intérpretes, garantindo longevidade.

O Pulso Criativo De Carlos Alberto De Nóbrega

Carlos Alberto de Nóbrega escreve seus roteiros à mão, em cadernos comuns, longe de computadores. Ele testa cada piada com a família antes de levar ao estúdio. Se não arrancar riso sincero, a cena volta para a gaveta.

Método de seleção do elenco

Carlos observa plateias em bares de stand-up, anota nomes promissores e chama para testes. Nos bastidores, ele incentiva improviso, mas exige respeito ao tempo de cada quadro.

Ritmo é tudo, repete o apresentador, marcando entradas com palmas discretas ao lado da câmera. Assim evita silêncios e mantém a energia que faz o público rir sem pausa. Pulso move A Praça É Nossa.

Bastidores: Roteiros, Cenários E O Clima De Gravação

Nos corredores de A Praça É Nossa, roteiristas chegam cedo, divididos em mesas redondas, passando folhas com piadas rabiscadas a lápis.

Processo De Escrita

Durante leituras, Carlos Alberto bate palmas sutis marcando ritmo; quem perdeu punchline reescreve na hora.

Montagem De Cenário

Mestres carpinteiros fixam o banco central em piso de madeira, enquanto pintores projetam fachada de coreto iluminado por luz quente.

Sonoplastia

Microfones boom captam sussurros dos atores; som adiciona cantos de pássaros ao fundo.

Cheiro de café recém-passado mistura-se a risadas; figurinistas correm com último botão antes da contagem regressiva.

Clima De Gravação

Brincadeiras leves aliviam tensão geral.

Audiência, Prêmios E O Impacto Cultural No Brasil

Em 1990, A Praça É Nossa surpreendeu o mercado ao registrar média de 20 pontos no Ibope, mesma faixa de novelas líderes. Nas noites de quinta, a cada dez televisores ligados, quatro estavam na emissora de Silvio Santos. Essa fidelidade ajudou a fixar o horário de humor no país.

Prêmios E Reconhecimento

O programa venceu cinco edições do Troféu Imprensa como melhor humorístico. Também levou medalha no Festival de Televisão de Nova York, feito raro para produções brasileiras de esquetes. Os troféus ficam expostos no corredor principal do SBT, onde visitantes costumam fotografar.

Efeito Na Publicidade

Marcas de refrigerante, bancos e lojas populares disputavam segundos nos breaks porque a audiência mantinha-se alta até o final. A Praça É Nossa chegou a faturar 30% da receita anual de publicidade noturna do canal, impulsionando investimentos em produção e cenário.

Impacto Cultural

Bordões como “Ô Cride” e “Nojento!” viraram linguagem comum em escolas, bares e campanhas políticas. Artigos acadêmicos analisam como o formato de praça democratiza o humor e oferece palco a sotaques regionais. Séries atuais no streaming ainda citam a banca de concreto como referência de comédia popular. Mesmo nas redes sociais, figurinhas com os personagens viralizam diariamente e alimentam nostalgia coletiva.

Mudanças De Elenco E Como O Programa Se Reinventou

Quando nomes queridos deixaram o banco, a produção viu oportunidade de revelar novos talentos. A saída de Ronald Golias em 1994, por exemplo, abriu espaço para artistas de stand-up que faziam sucesso em bares paulistanos. Mesmo assim, o público manteve-se fiel porque esperava surpreender-se a cada quinta-feira.

Saídas marcantes e substituições

Após o falecimento de Canarinho, Carlos Alberto de Nóbrega promoveu audições abertas que atraíram mais de trezentos humoristas em um fim de semana. Os testes incluíam improviso cronometrado e avaliação de timing pelo apresentador. Quem arrancava risadas em menos de sessenta segundos ganhava vaga na próxima gravação.

Novos formatos dentro do mesmo banco

Em 2005, surgiram quadros musicais e desafios relâmpago com a plateia. O público enviava SMS votando no esquete favorito, prática inovadora para a época. Mais tarde, as redes sociais assumiram papel central de feedback instantâneo.

Retorno de veteranos

Veteranos retornam em episódios especiais, dividindo o banco com novatos cheios de energia. Esse encontro de gerações cria contraste saudável e mantém A Praça É Nossa no imaginário coletivo.

Atualização contínua

Para garantir renovação contínua, roteiristas passam a cada temporada por workshops de tendências de humor digital. Assim, A Praça É Nossa dialoga com memes sem abandonar sua essência de piadas rápidas no mesmo banco de madeira.

Onde Assistir Episódios Clássicos E Novos Hoje

Quer maratonar episódios que marcaram a infância sem piratear? Hoje existem plataformas legais que oferecem imagem limpa, som remasterizado e acesso rápido. Confira rotas seguras para rever piadas de A Praça É Nossa e descobrir quadros recentes.

Streaming oficial no SBT Vídeos

O serviço sob demanda do canal disponibiliza temporadas completas desde 1987. Basta criar login gratuito pelo app ou site, acionar a seção de humor e clicar no banco de madeira famoso. Também há filtros por personagem e ano.

Catálogo no YouTube

Um canal verificado atualiza diariamente blocos de dez minutos em alta definição. Inscreva-se para receber alertas de postagem e use playlists oficiais digitando A Praça É Nossa no campo de busca. Anúncios curtos sustentam o projeto sem custar nada ao público.

Serviços pagos de catálogo amplo

Plataformas como Prime Video Channels e Claro TV+ oferecem pacotes extras do SBT, incluídos em promoções sazonais. Neles há episódios recentes em 4K, opção de download offline e áudio original sem cortes de intervalo.

Dicas de busca inteligente

Coloque entre aspas o título do quadro e acrescente o ano para filtrar cópias de baixa qualidade nos resultados. Ajuste a resolução do player manualmente a fim de evitar travamentos em conexões lentas. Use fones de ouvido para captar piadas sutis e melhorar a experiência durante trajetos em transporte público.

Curiosidades Pouco Conhecidas Pelo Grande Público

Pouca gente sabe que o banco usado no estúdio de A Praça É Nossa foi esculpido de um tronco de ipê derrubado por um temporal de 1986, e ainda recebe verniz novo a cada semestre para manter o cheiro de madeira fresca.

A porta escondida atrás do coreto abriga um camarim minúsculo onde cabem dois atores de cada vez, recurso prático para trocas rápidas.

Segredo Da Gargalhada

O riso de plateia, gravado ao vivo, serve depois como termômetro: se um trecho não atinge trinta segundos de gargalhada contínua, volta a ser reescrito.

Nos intervalos, Carlos Alberto distribui pão de queijo feito por ele mesmo.

A Praça É Nossa continua no centro da nossa memória afetiva

Do banco de ipê às gargalhadas de plateia, o programa provou que piada simples ainda conquista o coração do público. Sua fórmula direta, cheia de personagens marcantes, atravessou décadas sem perder a graça.

Cada mudança de elenco trouxe novo fôlego, preservando o espírito da praça e mantendo vivas expressões que viraram parte do nosso dia a dia.

Agora que você sabe onde encontrar episódios clássicos e atuais, reúna amigos ou família, abra o app de streaming e volte a rir como se fosse quinta-feira à noite em frente à TV.

FAQ – Perguntas frequentes sobre A Praça É Nossa

Quem criou A Praça É Nossa e qual sua inspiração?

O programa foi criado por Carlos Alberto de Nóbrega, inspirado no formato original de seu pai, Manuel de Nóbrega, que usava um banco de praça para receber personagens cômicos.

Em quais plataformas posso assistir episódios clássicos e novos?

Você encontra temporadas completas no SBT Vídeos, blocos diários em um canal oficial no YouTube e pacotes extras em serviços como Prime Video Channels e Claro TV+.

Qual foi a maior audiência já registrada pelo programa?

Em 1990, A Praça É Nossa alcançou média de 20 pontos no Ibope, rivalizando com as novelas líderes do horário e consolidando o humor noturno na TV brasileira.

Como o programa se mantém atual após tantas décadas?

A produção promove audições frequentes, incorpora tendências de humor digital e mistura veteranos com novos talentos, mantendo a essência do banco de praça.

Quais bordões se tornaram parte da cultura popular?

Expressões como “Ô Cride”, “Hein?”, “Nojento!” e “Quem não tem dinheiro, conta história” ultrapassaram a TV e viraram gírias em escolas, redes sociais e campanhas publicitárias.

O banco de praça usado nas gravações guarda alguma curiosidade?

Sim. Ele foi esculpido de um tronco de ipê derrubado por um temporal em 1986 e recebe verniz novo a cada semestre para preservar o aroma de madeira fresca.

Créditos: Vídeo Canal SBT

 

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Foto de Augusto Tavares

Augusto Tavares

Me chamo Augusto Tavares, sou formado em Marketing e apaixonado pelo universo dos programas de TV que marcaram época. Como autor trago minha experiência em estratégia de comunicação e criação de conteúdo para escrever artigos que reúnem nostalgia e informação. Meu objetivo é despertar memórias afetivas nos leitores, mostrando como a era de ouro da televisão ainda influencia tendências e comportamentos nos dias de hoje.

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