Zamunda é real? Descubra as locações verdadeiras que deram vida a Um Príncipe em Nova York

Um Príncipe em Nova York
Imagem gerada por IA para fins ilustrativos

Um Príncipe em Nova York (1988) faz os fãs sonharem com o luxuoso reino de Zamunda e com as ruas de Queens onde o príncipe Akeem (Eddie Murphy) tenta levar uma vida comum.

Mas, afinal, onde foram filmadas essas cenas icônicas? A resposta passa por Nova York, Los Angeles e até museus e castelos inesperados nos arredores da metrópole americana.

Vídeo: Canal Adoro Cinema

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O desafio de criar Zamunda

Depois de rejeitar maquetes exóticas, o diretor John Landis decidiu que o palácio de Zamunda seria recriado em estúdio. Os suntuosos salões foram montados na Paramount Studios, em Hollywood, permitindo controle total de iluminação e cenografia.

Já as áreas externas usaram jardins históricos no Queens e detalhes adicionados digitalmente na pós-produção de 1988, ainda embrionária, misturando matte paintings e cenários físicos.

Uma curiosidade: a fachada que aparece quando Akeem passeia pelos jardins era um grande painel pintado erguido em Long Island City.

De perto, as fontes não tinham água; o efeito “cascata” foi criado com celofane iluminado por trás, truque herdado dos musicais dos anos 1950.

Queens em destaque: do McDowell’s à barbearia

A maior parte das cenas urbanas aconteceu em bairros operários de Nova York:

  • McDowell’s – O restaurante da família McDowell foi montado numa antiga unidade Wendy’s no endereço real 8507 Queens Boulevard, Elmhurst. O prédio já não existe, mas a calçada ainda é ponto de peregrinação de fãs.
  • Apartamento de Akeem e Semmi – Fica na 392 South 5th Street, Williamsburg (Brooklyn). À época, o aluguel era de apenas US$500.
  • My-T-Sharp Barbershop – A fachada usada nas filmagens pertence a uma barbearia de verdade em South 5th Street; o interior foi refeito em estúdio para acomodar Eddie Murphy e Arsenio Hall em seus vários papéis.
  • Waldorf-Astoria Hotel – A suíte onde Akeem se hospeda brevemente foi rodada no lendário hotel na Park Avenue, mas apenas o lobby aparece; os quartos são sets reproduzidos em Hollywood.

O traslado entre Brooklyn e Queens ocupou três semanas, e a produção contratou seguranças locais para proteger câmeras e geradores, já que muitos quarteirões ainda passavam por revitalização no fim dos anos 1980.

Brooklyn, Manhattan e Los Angeles também entram em cena

Embora o filme transpire Nova York, várias tomadas de interiores, inclusive a cozinha do McDowell’s e o armário de camareiros do palácio, foram filmadas em soundstages da Paramount em Los Angeles.

Isso reduziu custos com deslocamento do elenco e ajudou na pesada agenda de Eddie Murphy, que na época ainda gravava especiais de stand-up.

Alguns planos-de-estabelecimento usaram o Ferry de Staten Island e a linha 7 do metrô para reforçar o clima de “peixe fora d’água”. Já a ponte usada no encontro romântico de Akeem e Lisa ao pôr do sol é a velha Pequeña Sequoya Footbridge no Forest Park, Queens, que hoje recebe casamentos ao ar livre.

Curiosidades de bastidores que você não sabia

  • Permissão delicada – A Paramount só pôde usar o nome “McDowell’s” após mostrar o roteiro completo ao McDonald’s, que aprovou a paródia. Mesmo assim, o franqueado real do McDonald’s vizinho apareceu no set ameaçando processo.
  • Maquiagem campeã – Rick Baker foi indicado ao Oscar por transformar Murphy e Hall em múltiplos personagens; as próteses para o barbeiro Clarence levavam quatro horas diárias.
  • Easter egg de Landis – O fictício cartaz “See You Next Wednesday”, piada recorrente do diretor, pode ser visto na estação de metrô.
  • Datas de estreia – EUA: 29 de junho de 1988; Brasil: 19 de agosto de 1988, com direito a campanha pesada nos cinemas da Rede Severiano Ribeiro.

Onde assistir hoje

Em junho de 2025, o clássico está disponível:

  • Netflix Brasil;
  • Telecine via Amazon Prime Channels (Teste Grátis por 30 dias);
  • Gratuito (com anúncios) no Mercado Play;
  • Para aluguel/compra digital: Apple TV, Microsoft Store e Amazon Video.

A sequência, Um Príncipe em Nova York 2 (2021), segue exclusiva do Prime Video e também pode ser vista no Globoplay para assinantes combo.

Carreiras do elenco e direção

  • Eddie Murphy (Akeem/Clarence/Saul, etc.) – Depois do filme, brilhou em Professor Aloprado (1996) e dublou o Burro em Shrek (2001).
  • Arsenio Hall (Semmi/Reverendo Brown) – Estourou com The Arsenio Hall Show (1989-94), hoje ressuscitado em streaming.
  • James Earl Jones (Rei Jaffe) – Voltou ao papel de Mufasa na versão 2019 de O Rei Leão.
  • Shari Headley (Lisa) – Participações recentes em P-Valley (Starz).
  • John Amos (Cleo McDowell) – Ícone de séries como Raízes e The West Wing.
  • Direção de John Landis – Antes desta comédia, Landis já marcara época com Os Irmãos Cara-de-Pau (1980) e Um Lobisomem Americano em Londres (1981).

Por que Um Príncipe em Nova York ainda encanta

A riqueza de detalhes cenográficos somada ao carisma de Eddie Murphy garante que Um Príncipe em Nova York continue atual quase quatro décadas depois. Observar as locações reais, muitas delas acessíveis ao público, aproxima o espectador da magia por trás das câmeras.

Ver o restaurante McDowell’s hoje, mesmo demolido, ou passear pela Williamsburg de Akeem é reviver o choque cultural que o roteiro satirizou com delicadeza. Ao misturar estúdios de Hollywood, artifícios tradicionais de pintura de cenário e o autêntico caldeirão nova-iorquino, John Landis criou um universo tão palpável que muita gente ainda pergunta se Zamunda realmente existe.

Seja revendo na Netflix ou caminhando pelas ruas que serviram de set, o fã descobre novos easter eggs e prova que a alma do filme vai muito além do humor, é uma carta de amor à diversidade e ao encontro de culturas, tema que continua pulsante em 2025.

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Foto de Augusto Tavares

Augusto Tavares

Me chamo Augusto Tavares, sou formado em Marketing e apaixonado pelo universo dos programas de TV que marcaram época. Como autor trago minha experiência em estratégia de comunicação e criação de conteúdo para escrever artigos que reúnem nostalgia e informação. Meu objetivo é despertar memórias afetivas nos leitores, mostrando como a era de ouro da televisão ainda influencia tendências e comportamentos nos dias de hoje.

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