Um Corpo que Cai: o thriller que já foi coroado “melhor filme da história”

Um Corpo que Cai
Imagem: Divulgação/Universal Pictures

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Você piscou e o céu de São Francisco se transformou em um campo minado para quem sofre de vertigem, ou para quem não resiste a um bom thriller psicológico.

Um Corpo que Cai (1958) voltou aos holofotes não faz muito tempo, provando que certas obsessões, assim como as de Alfred Hitchcock, nunca saem de moda.

Puxe a cadeira, porque a queda (literal e figurativa) vale cada minuto.

Vídeo: Canal Le Coq Films

1. Um Corpo que Cai e a arte de transformar o medo em fascínio

John “Scottie” Ferguson (James Stewart) é aquela mistura improvável de detetive aposentado e cobaia de seus próprios demônios: o pânico de alturas.

Convencido a seguir Madeleine (Kim Novak), ele se embrenha em becos, museus e torres de igreja, tudo para descobrir se há algo de sobrenatural (ou criminoso) na rotina da moça.

Ao colocar o espectador no alto das escadas, Hitchcock faz você sentir o frio na barriga de Scottie.

Resultado? Empatia instantânea e uma tensão que cresce na mesma proporção do abismo sob seus pés.

2. O truque de câmera que mudou o suspense para sempre

A famosa “dolly zoom”, aquela distorção que alonga o corredor enquanto a lente se aproxima, nasceu aqui.

O efeito visualiza a vertigem de Scottie em tempo real e aumentou o dicionário técnico de Hollywood em um só take.

Esse capricho estético conversa com a paleta vibrante (pense em verdes inquietantes e vermelhos de sirene) e com a trilha de Bernard Herrmann, que escancara o coração aflito do protagonista.

Em poucas palavras: forma e conteúdo se grudam como trilhos e trem.

3. Do topo ao terceiro lugar: a dança de Vertigo nos rankings

Em 2012, a revista britânica Sight & Sound trocou Cidadão Kane por Um Corpo que Cai no primeiro lugar do seu cobiçado ranking de “Maiores Filmes de Todos os Tempos”, uma bomba na cinefilia tradicional.

Dez anos depois, a lista foi atualizada e o thriller perdeu a coroa para Jeanne Dielman, de Chantal Akerman, caindo para o 2º lugar e, na apuração final, para o 3º.

Queda simbólica à parte, a oscilação mostra como o cânone nunca é estático; ele espelha debates culturais, diversidade e novos olhares críticos.

E, convenhamos, ficar entre os três melhores após quase sete décadas não é pouca coisa.

4. Onde assistir Um Corpo que Cai sem (mais) desculpas

Mesmo fora das salas de cinema, o filme continua fácil de encontrar:

  • Prime Video — compra ou aluguel digitais
  • Telecine — streaming para assinantes no Brasil

Escolha seu sofá, apague a luz e encare o vazio ao lado de Scottie. Só não esqueça de travar o encosto da poltrona!

Por que você deveria rever (ou ver pela primeira vez) hoje

  • O enredo continua um manual de “plot twists” sofisticados.
  • A fotografia de Robert Burks entrega cores que ainda inspiram diretórios de arte no Instagram.
  • A discussão sobre obsessão, identidade e culpa soa assustadoramente atual.

Um Corpo que Cai: caia de amores, mas com cinto de segurança

Um Corpo que Cai prova que filmes também têm gravidade: quanto mais tempo passa, mais forte eles puxam a nossa atenção.

Se você quer entender por que Hitchcock é chamado de “mestre do suspense”, nada melhor do que começar (ou recomeçar) por aqui. Depois me conta se conseguiu dormir tranquilo!

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Foto de Augusto Tavares

Augusto Tavares

Me chamo Augusto Tavares, sou formado em Marketing e apaixonado pelo universo dos programas de TV que marcaram época. Como autor trago minha experiência em estratégia de comunicação e criação de conteúdo para escrever artigos que reúnem nostalgia e informação. Meu objetivo é despertar memórias afetivas nos leitores, mostrando como a era de ouro da televisão ainda influencia tendências e comportamentos nos dias de hoje.

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