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O impacto de RoboCop ainda reverbera entre fãs de ficção científica, graças à mistura de sátira corporativa, violência crua e um protagonista híbrido de homem e máquina.
Lançado nos EUA em 17 de julho de 1987 e no Brasil em 8 de outubro do mesmo ano, o filme custou pouco mais de US$ 13 milhões e faturou mais de US$ 53 milhões, garantindo um Oscar de Melhor Edição de Som em 1988.
Do roteiro rejeitado ao culto mundial
Edward Neumeier e Michael Miner colecionaram negativas de estúdios até que a Orion Pictures viu potencial na premissa de um policial ciborgue em uma Detroit tomada pelo crime.
Paul Verhoeven, inicialmente relutante, mudou de ideia após a esposa apontar a profundidade satírica do texto.
A filmagem, quase toda em Dallas para parecer a “Velha Detroit”, precisou de cenários futuristas que incluíssem a sede da Omni Consumer Products, criada no topo de um arranha-céu real.
Elenco que definiu arquétipos de herói e vilão
Peter Weller encarou 11 horas diárias de maquiagem e próteses que somavam cerca de 40 kg. Entre as poucas pausas, ele mergulhava as mãos em água gelada para reduzir o calor interno da armadura.
Nancy Allen, como a parceira Anne Lewis, raspou o cabelo para uma estética andrógina moderna.
Kurtwood Smith (Clarence Boddicker) entregou um vilão imprevisível
Ronny Cox (Dick Jones) personificou o executivo predatório típico dos anos 80.
Miguel Ferrer (Bob Morton) completou o trio de antagonistas internos da OCP. Dan O’Herlihy trouxe ambiguidade paternal ao “Velho”.
Direção ousada e efeitos práticos espetaculares
Verhoeven dirigiu cenas de violência que renderam classificação X antes de onze cortes solicitados pela Motion Picture Association.
Phil Tippett comandou o stop-motion de ED-209, o robô de patrulha que travava as pernas em degraus, a piada interna mais cara da produção.
Explosões usaram pirotecnia real programada quadro a quadro, proporcionando o realismo que lhe garantiu o Oscar técnico.
Curiosidades que viraram lenda
- A frase “Vivo ou morto, você vem comigo” foi improvisada por Weller após um ensaio com Nancy Allen.
- Basil Poledouris gravou a trilha-sonora com 93 músicos e coro de 32 vozes, adotando metais pesados para acentuar a dualidade homem-máquina.
- O visor da armadura exigia remoção completa para que Weller comesse; por isso ele perdia até 1,5 kg por dia de filmagem.
- A versão integral não censurada só chegou em home video ao Brasil em 1994, com classificação 18 anos.
Onde assistir hoje
No streaming brasileiro, RoboCop está disponível no Amazon Prime Video (Teste GRÁTIS por 30 dias) e no Telecine Play; também pode ser alugado na Apple TV +.
A TV Globo reexibe o clássico com frequência no Corujão II, enquanto o SBT vez ou outra reprisa o remake de 2014 no Cine Espetacular, mantendo viva a franquia.
A Rede Brasil de televisão e a ISTV esporadicamente costumam incluir Robocop em sua programação.
Legado e expansões de tela pequena
O sucesso gerou duas sequências para cinema, a série animada “RoboCop” (1988) com 1 temporada de 12 episódios exibida pela TV Manchete, e “RoboCop: A Polícia do Futuro” (1994) com 1 temporada de 22 episódios que passou na Rede Globo.
Em 2019, a MGM anunciou “RoboCop Returns”, sequência direta do longa original ainda em pré-produção.
Outros trabalhos do elenco e da equipe
- Peter Weller brilhou em “The Adventures of Buckaroo Banzai Across the 8th Dimension” e ganhou elogios em “Naked Lunch”.
- Nancy Allen, já famosa por “Carrie, a Estranha”, consolidou-se em “Vestida para Matar”.
- Kurtwood Smith virou rosto conhecido na sitcom “That ’70s Show”.
- Paul Verhoeven repetiu a sátira sci-fi em “Tropas Estelares” e causou furor erótico com “Instinto Selvagem”.
- Basil Poledouris assinou trilhas icônicas como “Conan, o Bárbaro”.
RoboCop segue invencível
RoboCop permanece atual porque combina ação visceral, crítica social e heroísmo trágico como poucos filmes dos anos 80 conseguiram.
Mesmo após quase quatro décadas, sua visão de uma Detroit privatizada ainda dialoga com debates sobre segurança pública e megacorporações.
A armadura que levava 11 horas para vestir se tornou símbolo da persistência humana diante da tecnologia que ameaça engolir a identidade. O resultado é um clássico que provoca e diverte em igual medida.
Para quem busca revisitar ou descobrir este marco do cinema de ficção científica, RoboCop está a poucos cliques de distância nas plataformas digitais, pronto para provar que algumas lendas de aço jamais enferrujam.
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