O bigode mais famoso de 1981 que salvou um estúdio de Hollywood da falência

Magnum
Imagem: Divulgação

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O carisma de Magnum, P.I. não se resumia às cenas de tiro, à Ferrari reluzente ou às praias do Pacífico.

Quando a série estreou em 11 de dezembro de 1980, o grande destaque era um bigode que, em poucos meses, transformou Tom Selleck em ícone global e, de quebra, impediu que um caro complexo de filmagens fosse fechado às pressas, poupando a CBS de um prejuízo milionário.

Vídeo: Canal AMB Production TV

Magnum, P.I. e a ameaça ao estúdio havaiano

Quando “Hawaii Five-O” deu adeus em 1980, a emissora americana se viu diante de um dilema: o moderno estúdio de Oahu, construído a preço de ouro, corria risco de fechar.

A solução veio na forma de um veterano da Marinha que investigava crimes em meio ao paraíso tropical.

A Séire ocupou imediatamente as instalações, garantindo oito temporadas (162 episódios) até 1.º de maio de 1988.

No Brasil, a série chegou à Rede Globo em 1983, passou pelo SBT nos anos 90 e, hoje, maratona no Globoplay e no TCM.

Tom Selleck e o bigode que entrou para a história

Antes de vestir camisas floridas, Selleck havia perdido o papel de Indiana Jones por causa de seu contrato com a CBS.

A aposta valeu: o ator levou o Emmy de 1984 e seu bigode virou moda planetária. Cabeleireiros de Los Angeles relatam que, só em 1981, os pedidos por “bigode Magnum” cresceram 300 %.

Até campanhas de barbeadores usaram a imagem para mostrar “como não remover um símbolo de virilidade”.

Bastidores: elenco, diretores e façanha de audiência

  • John Hillerman (Higgins) venceu o Emmy de 1987 graças ao sotaque britânico impecável.
  • Roger E. Mosley (T.C.) já pilotava helicópteros e ajudou nas tomadas aéreas.
  • Larry Manetti (Rick) compôs trilhas jazzísticas usadas em clubes de Honolulu.
  • Criadores Donald P. Bellisario e Glen A. Larson aproveitaram cenários internos do antigo “Five-O” e economizaram milhões logo na 1.ª temporada, fato decisivo para salvar o estúdio havaiano do fechamento.

A série bateu três dramas policiais da própria CBS na temporada 1981-82, chegando a 20,4 pontos na Nielsen, façanha que convenceu o canal a ampliar o contrato até 1988.

Curiosidades e legado cultural da Ferrari, do helicóptero e das camisas

  • Ferrari 308 GTS: para acomodar o ator de 1,93 m, a produção rebaixou o assento.
  • Helicóptero azul Hughes 500D virou atração turística; passeios “Magnum Tour” ainda decolam de Honolulu.
  • Camisas havaianas: as vendas na Macy’s cresceram 40 % em 1982, reflexo direto da série.
  • Trilha de Mike Post & Pete Carpenter explodiu como ringtone em 2003, mostrando força atemporal.

Onde assistir hoje e outros trabalhos do elenco principal

As oito temporadas da série estão no Globoplay com dublagem clássica; nos EUA, integram os catálogos da Peacock e do Pluto TV.

Em mídia física, o Blu-ray remasterizado de 2023 traz bastidores em 4K. Após o fim da série, Selleck estrelou “Três Solteirões e um Bebê” (1987) e é patriarca em “Blue Bloods” desde 2010.

Hillerman aposentou-se em 1999, Mosley fez participação no reboot de 2018 e Manetti apareceu em “Hawaii Five-0” (2011) e “Blue Bloods” (2023).

Legado eterno de Magnum, P.I.

O drama investigativo, embalado pelo bigode mais reconhecível da TV, provou que locações paradisíacas e tramas leves podiam salvar um estúdio da inatividade, sustentar centenas de empregos e ainda render prêmios.

Quatro décadas depois, o turbilhão de cores, a trilha pulsante e o humor sarcástico mostram por que Magnum, P.I. preserva seu status de clássico incontornável.

Seja pelas reprises, pelos memes ou pelo turismo que ainda movimenta o Havaí, o bigode de Tom Selleck continua mais vivo do que nunca, lembrando que a televisão dos anos 80 era capaz de transformar simples pelos faciais em história de negócios, cultura pop e paixão global.

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Foto de Augusto Tavares

Augusto Tavares

Me chamo Augusto Tavares, sou formado em Marketing e apaixonado pelo universo dos programas de TV que marcaram época. Como autor trago minha experiência em estratégia de comunicação e criação de conteúdo para escrever artigos que reúnem nostalgia e informação. Meu objetivo é despertar memórias afetivas nos leitores, mostrando como a era de ouro da televisão ainda influencia tendências e comportamentos nos dias de hoje.

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