O clássico dos anos 90 que colocou kryptonita no centro de um triângulo amoroso

Lois e Clark
Imagem: Divulgação

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A estreia de Lois e Clark em 12 de setembro de 1993 provou que ainda havia espaço na TV para super-heróis, mesmo após a superexposição do cinema na década anterior.

Ao combinar aventura, comédia romântica e pitadas de suspense, a produção criada por Deborah Joy LeVine entregou quatro temporadas de puro entretenimento, totalizando 88 episódios exibidos pela ABC nos Estados Unidos até 14 de junho de 1997.

No Brasil, o público conheceu o programa pela Rede Globo ao longo do fim dos anos 1990, ganhou novas reprises no SBT em 2004 e continua na grade da Rede Brasil de Televisão desde 2007.

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Elenco carismático de Lois e Clark que conquistou Metrópolis

Dean Cain era praticamente um desconhecido quando vestiu o manto de Clark Kent. Seu carisma ajudou a suavizar a figura do “Homem de Aço”, ampliando o foco no jornalista tímido que existia por trás do herói.

Teri Hatcher, veterana de participações em “MacGyver” e do filme “007 – O Amanhã Nunca Morre”, entregou a versão mais espirituosa de Lois Lane até então, a ponto de estampar a capa da Newsweek em 1995 como “a nova cara da TV”.

Lane Smith brilhou como Perry White, enquanto John Shea fez de Lex Luthor um vilão charmoso na temporada inicial.

O elenco se completou com K Callan e Eddie Jones nos papéis dos Kents, além de Michael Landes (e depois Justin Whalin) como o inseparável Jimmy Olsen.

Uma abordagem moderna para um romance de 60 anos

O roteiro abraçou a cronologia pós-Crise nas Infinitas Terras dos quadrinhos de 1986, colocando o relacionamento entre Lois e Clark no centro de tudo.

A série inverteu a velha lógica, Clark era a personalidade real, e Superman apenas um disfarce, reforçando dilemas de identidade, carreira e amor.

Ao longo das temporadas, kryptonita não foi apenas fraqueza física: tornou-se metáfora para mentiras que ameaçavam o casal.

A revelação da verdadeira identidade de Clark, o quase-casamento frustrado por um clone e o mistério do “bebê kryptoniano” que encerrou a atração compuseram um arco dramático ainda lembrado por fãs.

Produção enxuta, criatividade de sobra

Gravada em cenários de Los Angeles com orçamento bem menor que o de “Batman” (1989), a equipe se apoiou em efeitos práticos, cabos e sobreposição de tela azul.

Os efeitos podem parecer datados, mas a química entre Cain e Hatcher compensou qualquer limitação técnica.

A abertura cinematográfica, assinada por Jay Gruska, fixou a identidade sonora da série e rendeu indicação ao Emmy de trilha original em 1994. Curiosidades de bastidor incluem:

  • Alexander Luthor careca só na 4.ª temporada – John Shea raspou a cabeça para aparição especial depois que compromissos no teatro o afastaram do elenco fixo.
  • Crossover ‘não oficial’ com Seinfeld – A famosa placa “No. 3” vista na lanchonete de Jerry apareceu discretamente em um episódio da segunda temporada, graças a técnicos que trabalhavam nos dois seriados.
  • Pedro Scooby pré-fama? – O então futuro surfista profissional participou como figurante numa cena gravada no Havaí em 1995, segundo registros de agência de casting da época.

Estreia e temporadas no Brasil

Tabela de Estreias — Lois & Clark
Temporada EUA (ABC) Brasil (Rede Globo) Episódios
1.ª 1993-1994 1996 21
2.ª 1994-1995 1997 22
3.ª 1995-1996 1998 22
4.ª 1996-1997 1999* 23

* Os capítulos finais chegaram picotados pela grade dominical e só passaram completos quando o SBT readquiriu os direitos em 2004.

Onde assistir hoje

Atualmente, Lois e Clark não possui streaming por assinatura no Brasil, mas todas as temporadas estão à venda em mídias digitais na Google Play e no iTunes, com áudio original e legendas em português.

Na TV aberta, a Rede Brasil (RBTV) mantém reprises semanais às noites de sábado.

Para colecionadores, boxes de DVD da Warner Home Video podem ser encontrados em lojas online de importados.

Outros trabalhos do elenco e da equipe

  • Dean Cain – O ator virou apresentador do programa “Ripley’s Acredite se Quiser!” (2000-2003) e fez participações recorrentes em “Supergirl” (2016-2021).
  • Teri Hatcher – Ganhou Globo de Ouro por “Desperate Housewives” (2004-2012) e apareceu em “Supergirl” como a vilã Rhea.
  • Lane Smith – Conhecido do público infantil como o técnico Jack Reilly em “Nós Somos os Campeões” (1992).
  • Showrunner Robert Singer – Depois, comandou “Supernatural” por 15 temporadas.
  • Diretora estrela – A veterana Nancy Malone foi responsável por episódios decisivos, incluindo “Tempus Fugitive”, um dos favoritos dos fãs.

Legado que ultrapassa gerações

Mesmo 30 anos após a estreia, a influência de Lois & Clark ainda ecoa em “Superman & Lois” (2021-2024), “Meu Amigo, o Super-Homem” (2023) e até em produções da Marvel que replicam a mistura de ação e romance.

A série pavimentou o caminho para heroínas mais ativas, mostrou que efeitos modestos não impedem grandes histórias e provou que Clark Kent pode ser tão interessante quanto o uniforme azul.

Por que Lois & Clark continua relevante

Lois & Clark marcou época ao recolocar o coração do Superman no centro da narrativa, enfatizando sentimentos e escolhas humanas em vez de simples façanhas sobre-humanas.

Ao equilibrar humor, romance e ação, conquistou tanto leitores veteranos dos quadrinhos quanto um novo público que se apaixonou primeiro pela repórter destemida, depois pelo herói de capa.

Três décadas depois, Lois e Clark ainda serve de referência quando o assunto é adaptar gibis para a TV.

Para quem busca compreender a evolução das adaptações de super-heróis ou simplesmente quer revisitar uma mistura irresistível de romance e aventura, Lois & Clark permanece uma recomendação obrigatória.

E, enquanto não retorna a um grande serviço de streaming, vale a pena garimpar as versões digitais ou sintonizar as reprises para reviver a química que redefiniu o casal mais icônico da cultura pop.

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Foto de Augusto Tavares

Augusto Tavares

Me chamo Augusto Tavares, sou formado em Marketing e apaixonado pelo universo dos programas de TV que marcaram época. Como autor trago minha experiência em estratégia de comunicação e criação de conteúdo para escrever artigos que reúnem nostalgia e informação. Meu objetivo é despertar memórias afetivas nos leitores, mostrando como a era de ouro da televisão ainda influencia tendências e comportamentos nos dias de hoje.

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