Os anos 80 foram marcados por inúmeras produções que se tornaram inesquecíveis, mas poucas carregam o poder de fogo que esse desenho trouxe para as telinhas.
Relembrar a infância é como abrir um baú cheio de surpresas e se deparar com aquela animação que fazia seus olhos brilharem.
Quando o assunto são heróis felinos de outro planeta, não há como não lembrar de ThunderCats.
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Ele se tornou um dos maiores ícones de sua época, unindo aventura, criatividade e um toque épico que estimulava a imaginação de crianças e adultos.
O interessante é perceber como esse clássico não só ficou conhecido pelos personagens corajosos e seu universo único, mas também pela forma como influenciou outros títulos de ficção ao longo dos anos.
Imagine um grupo de felinos humanóides liderados pelo valente Lion-O, enfrentando ameaças interplanetárias e conquistando o coração de espectadores de diversas faixas etárias.
Eles deixaram uma marca profunda na cultura pop, ajudando a expandir o gênero de super-heróis animados.
Preparado para a aventura?
Então segure firme a sua Espada Justiceira e venha conosco mergulhar neste universo de força felina e muita ação.
O Início de Uma Lenda Animada
Como muitos desenhos icônicos, ThunderCats surgiu para atender a um público que ansiava por histórias repletas de fantasia e coragem.
Lançado oficialmente em 23 de janeiro de 1985 nos Estados Unidos, a animação foi desenvolvida pela Rankin/Bass Productions, tradicionalmente reconhecida por suas produções especiais e stop-motion, mas que também investiu no ramo dos desenhos de ação.
A direção principal ficou a cargo de alguns profissionais renomados na época, incluindo Arthur Rankin Jr. e Jules Bass que já haviam colaborado em diversas outras produções, foi fundamental para o estilo narrativo adotado, equilibrando ação, humor e drama.
O trabalho deles inclui clássicos como “O Voo dos Dragões” (1982) e “The Hobbit” (1977), que já mostravam uma forte inclinação para aventuras fantásticas.
A ideia era criar um grupo de heróis que combinasse traços felinos a uma narrativa grandiosa, inspirada em elementos de ficção científica e mitologia.
O que muitos não sabem é que a produção contou com a colaboração do estúdio japonês Pacific Animation Corporation para a elaboração das cenas de ação e do design dos personagens.
Essa parceria resultou em uma identidade visual marcante, cujas cores vibrantes e movimentos fluidos diferenciavam o desenho da maioria das outras produções disponíveis na mesma década.
Esse cuidado estético fez com que muitos espectadores mergulhassem de cabeça na trama e, com o tempo, passassem a colecionar action figures, revistas em quadrinhos e demais produtos licenciados ligados à série.
Foi justamente nessa mescla entre criatividade oriental e o entretenimento ocidental que a obra ganhou um caráter universal, alcançando diversos países do mundo.
O Brasil, é claro, não ficou de fora. Assim que a exibição começou por aqui, por volta de 1986, no canal SBT, o sucesso se repetiu.
Aqueles que assistiam às aventuras de Lion-O, Tygra, Cheetara, Panthro, WilyKit, WilyKat e Snarf sentiam-se parte da equipe, vivenciando cada batalha contra Mumm-Ra com emoção e torcida.
Tudo isso contribuiu para a criação de um fenômeno cultural que repercute até hoje.
Temporadas, Exibições e Dados Importantes
Quando se fala em números, percebe-se o quanto esse clássico animado foi um verdadeiro sucesso de produção.
Nos Estados Unidos, foram ao ar quatro temporadas ao todo, totalizando 130 episódios repletos de ação.
De 1985 a 1989, o público pôde acompanhar a evolução dos personagens, suas batalhas contra inimigos cada vez mais desafiadores e os aprendizados que cada aventura trazia.
Já no Brasil, a história foi um pouco diferente. Embora tivéssemos acesso a todos os episódios, nem sempre eles eram exibidos em ordem cronológica.
De qualquer forma, o sucesso foi estrondoso e se estendeu por vários anos, tanto em reprises quanto em exibições especiais.
O SBT foi a principal emissora que mostrou as aventuras dos felinos, atraindo um público fiel que aguardava ansiosamente o horário em que o tema de abertura começava a tocar.
O impacto se notou também em outras mídias. Houve, por exemplo, um intenso mercado de brinquedos que promovia a venda de espadas, personagens e veículos, além de livros infantis, revistas em quadrinhos e álbuns de figurinhas.
Até mesmo quando as exibições originais já tinham encerrado, as reprises mantinham a chama acesa, garantindo que as novas gerações também conhecessem esse desenho tão querido.
Foi justamente essa longevidade em exibição que manteve a produção viva no coração do público. Muitas pessoas guardam até hoje lembranças de acordar cedo, ligar a TV e sintonizar no canal certo só para não perder nenhum episódio.
Com isso, a série se transformou em sinônimo de nostalgia, uma referência clara de como as animações dos anos 80 podiam ser empolgantes e criativas.
As Vozes por Trás dos Felinos
Um ponto que contribuiu bastante para o sucesso de ThunderCats foi a escolha de dubladores talentosos, capazes de dar personalidade única a cada herói e vilão.
Em sua versão original, Lion-O ganhou a voz de Larry Kenney, ator e apresentador de rádio que, mais tarde, também fez parte de outras animações e participou de alguns programas de TV.
A personagem Cheetara foi interpretada por Lynne Lipton, uma atriz de voz dedicada que trabalhou em outras séries de animação nos anos 80.
Já Tygra teve como dublador Peter Newman, que participou também de “SilverHawks” (outro clássico da Rankin/Bass) e fez alguns trabalhos de voz em rádio.
Panthro, por sua vez, foi vivido por Earle Hyman, reconhecido por seu papel no teatro e em algumas participações na televisão, como em “The Cosby Show”.
O elenco brasileiro de dublagem também merece destaque. Vários profissionais experientes deram vida aos personagens com adaptações criativas, trazendo ao público nacional uma experiência memorável.
A dublagem foi realizada nos estúdios da Herbert Richers, com a direção de Ângela Bonatti, Ricardo Schnetzer e Newton da Matta.
Alguns dos personagens e seus dubladores foram:
- Lion-O: Dublado por Newton da Matta
- Wilykat: Dublado por Nizo Neto, Oberdan Júnior e Marcos Souza
- Jaga: Dublado por Garcia Neto e Jorge Rosa
- Snarfinho: Dublado por Márcio Simões
- Tygra: Dublado por Ricardo Juarez
- Mumm-Ra: Dublado por André Belizar
- Escamoso: Dublado por Newton Martins
- Chacal: Dublado por Olney Cazarré e Romeu D’Angelo
- Abutre: Dublado por Carlos Comério
Curiosidades e o Legado de Uma Animação Inesquecível
Não é só de batalhas e heróis felinos que vive a fama dessa obra. Há também diversas curiosidades que fazem parte do legado de ThunderCats.
Uma delas envolve o visual do vilão Mumm-Ra, que foi inspirado em múmias egípcias e dividades antigas para dar aquele ar sombrio e místico.
O conceito de um ser maligno quase imortal, capaz de se transformar quando brada suas palavras mágicas, foi um detalhe que gerou suspense em diversos episódios.
Outra curiosidade marcante tem a ver com a famosa Espada Justiceira. Esse artefato não só garantia poderes incríveis ao herói Lion-O, mas também simbolizava a união do grupo e o compromisso de proteger seu novo lar, o Terceiro Mundo.
A espada lançava um “olho” iluminado, capaz de avisar seus companheiros sobre o perigo iminente. Esse recurso narrativo ajudava a criar expectativa e clima de urgência antes das batalhas.
Além disso, tinha a presença de figuras femininas fortes, como Cheetara e Pumyra. Essas personagens eram rápidas, habilidosas e corajosas, trazendo uma visão mais moderna de heroína.
Para as meninas que assistiam ao programa, era uma inspiração ver personagens femininas igualmente importantes na equipe, sem ficar apenas como coadjuvantes.
É interessante notar que, ao longo do tempo, a série recebeu várias homenagens e menções em outras obras de cultura pop, desde citações em livros de RPG até referências em séries cômicas e paródias na internet.
Toda essa presença reforça o fato de que o legado de ThunderCats ultrapassou os limites da telinha, influenciando toda uma geração de criadores.
Onde Assistir Atualmente e Versões Posteriores
Atualmente você pode assistir nos seguintes canais abertos da Tv:
- ISTV – https://www.istv.com.br
- Rede Brasil de Televisão – https://rbtv.com.br
É comum encontrar coletâneas em DVD ou Blu-ray que reúnem temporadas completas, vendidas em lojas online e especializadas em cultura retrô.
Além disso, algumas versões para aluguel ou compra digital surgem em sites oficiais, dependendo do país e dos acordos de licenciamento.
Existe também a versão de 2011, considerada um reboot, que tentou modernizar a narrativa para um público mais jovem, mantendo a essência da equipe de felinos destemidos, mas trazendo mudanças sutis no visual e na história de fundo.
Embora tenha conquistado alguns novos fãs, essa reimaginação não alcançou o mesmo status icônico do original dos anos 80.
Outras Produções da Equipe Envolvida
Arthur Rankin Jr. e Jules Bass, já mencionados na direção, foram responsáveis por uma série de trabalhos que fizeram história no entretenimento.
Entre eles, pode-se destacar “The Last Unicorn” (1982), um filme animado aclamado pela crítica por seu enredo poético e abordagem adulta, mesmo sendo categorizado como animação infantil.
Também criaram especiais de Natal famosos nos Estados Unidos, como “Rudolph the Red-Nosed Reindeer”.
No que diz respeito ao elenco, Larry Kenney, o Lion-O, atuou em várias campanhas publicitárias na TV e no rádio.
A capacidade vocal marcante o levou a dar vida a outros personagens de animação, e ele retornou em participações especiais na versão mais recente de ThunderCats, interpretando o pai de Lion-O.
Lynne Lipton, além de ser a voz de Cheetara, participou de dublagem em jogos eletrônicos e em outras séries menos conhecidas, mas sempre mantendo um tom versátil e cheio de personalidade.
Já Peter Newman, o Tygra, esteve envolvido na dublagem de “SilverHawks” e também marcou presença em rádios, o que o ajudou a desenvolver uma noção apurada de interpretação vocal.
Earle Hyman, o Panthro, teve carreira bastante associada ao teatro, recebendo indicações e prêmios por suas performances.
Fora isso, ele fez algumas aparições em produções televisivas, demonstrando a versatilidade de um ator capaz de se adaptar ao palco e ao estúdio de gravação.
A Força de um Clássico que não Envelhece
É inegável o quanto esse desenho deixou raízes profundas na memória de quem acompanhou cada episódio.
O sentimento de nostalgia é intenso e consegue envolver tanto aqueles que cresceram nos anos 80 quanto os mais jovens que acabam se apaixonando pela trama.
Afinal, grandes clássicos da televisão se mantêm vivos não apenas pela estética, mas principalmente pelas histórias que contam e pelos valores que carregam.
O universo criado em ThunderCats não se limitou a uma fórmula repetitiva de confrontos heróis versus vilões.
Cada personagem tinha sua personalidade, seus medos e evoluções ao longo dos episódios. Lion-O, por exemplo, começa como um líder inexperiente que precisa amadurecer para guiar seus companheiros rumo à segurança.
É esse componente humano que tornou a série tão envolvente.
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