Séries Policiais Anos 70: Clássicos que Definiram o Procedural Moderno

Séries Policiais Anos 70
Imagem: Divulgação

Quando falamos em Séries Policiais Anos 70, falamos de uma virada de chave na TV mundial.

Antes, as histórias de detetive eram lineares, com vilões caricatos e provas que “apareciam” na última cena.

A partir da década de 70, roteiristas começaram a mergulhar em nuances morais, técnicas forenses emergentes e personagens imperfeitos que investigavam crimes tão complexos quanto a realidade.

*Aviso de transparência:* este artigo contém links de afiliado. Se você comprar através deles, podemos receber uma pequena comissão, sem custo extra para você.

Foi ali que o chamado procedural modernoformato em que cada episódio foca em um caso completo, mas com tramas contínuas de fundo, ganhou identidade.

Este artigo faz um mergulho nostálgico (e detalhado) nessas séries policiais anos 70 que moldaram o gênero, trazendo elenco, datas, curiosidades de bastidores e, claro, onde você pode revê-los hoje.

Ajuste o brilho da tela: vem aí investigação, suspense e muita história boa.

7 pilares do procedural dos anos 70

  1. Columbo – O mestre do “só mais uma pergunta”

  2. Kojak – Carisma ranzinza, pirulito na boca

  3. Starsky & Hutch – Dupla explosiva sobre quatro rodas

  4. Hawaii Five-O – Crimes com brisa do Pacífico

  5. Arquivo Confidencial – O detetive que vivia em trailer

  6. Police Woman – Pioneirismo feminino no gênero

  7. Baretta – O policial fora do padrão com mascote cacatua

Columbo: A Arte do Gato-e-Rato Televisivo

Poucos personagens sintetizam o charme dos Séries Policiais Anos 70 como o tenente vivido por Peter Falk.

Antes de vestir a icônica gabardine, Falk era nome recorrente em filmes independentes e chegou a concorrer ao Oscar por “Anjo Rebelde” (1960).

Depois da série, tornou-se sinônimo de inteligência despretensiosa, aparecendo em “A Princesa Prometida” (1987) e dublando animações.

Direção & bastidores: Criada por Richard Levinson e William Link, Columbo estreou como telefilme em 1968, mas só em 1971 ganhou status de série na NBC. O formato de reveal-the-killer no primeiro ato subverteu a lógica do mistério: o público sabia quem era o assassino; o prazer residia em ver Columbo desmontar o álibi.

Datas de estreia: EUA (NBC) – 1º mar 1971; Brasil – 1974 na Rede Globo (faixa “Séries Premiadas”).

Temporadas & episódios marcantes: 7 temporadas regulares (1971-78) + telefilmes nos anos 90. Destaques: “Murder by the Book” (S1E1, dirigido por Steven Spielberg) e “Any Old Port in a Storm” (S3E2).

Curiosidades: A indefectível jaqueta era do próprio Falk; ele a usou no teste, e o figurino aprovou. Spielberg tinha apenas 24 anos ao dirigir o piloto.

Onde assistir agora: Atualmento no Brasil você encontra Columbo no canal de TV aberto RBTV – Rede Brasil de Televisão e em Stream na Prime Video.

Kojak: O Charme Cínico do Detetive Careca

Telly Savalas já era rosto famoso em “Os Doze Condenados” (1967) quando aceitou o papel do Tenente Theo Kojak, transformando pirulitos em marca registrada para largar o cigarro em cena.

O parceiro Kevin Dobson (Det. Crocker) ganhou fôlego em “Knots Landing” nos anos 80, enquanto Dan Frazer continuou a carreira em papéis coadjuvantes no cinema.

Direção & produção: Criada por Abby Mann, a série trocou a glamourização da polícia por tons crus de Nova York pós-Watergate. Filmagens noturnas reais imprimiram veracidade.
Datas de estreia: EUA (CBS) – 24 out 1973; Brasil – 1975 na TV Tupi.

Temporadas & episódios marcantes: 5 temporadas (118 episódios). Episódio “The Marcus-Nelson Murders”, piloto premiado com Emmy, foi inspirado em caso real.

Curiosidades: O bordão “Who loves ya, baby?” surgiu improvisado. Em 1977, Savalas participou de campanha da UNICEF graças à popularidade global.

Onde assistir hoje: O canal aberto de Tv RBTV – Rede Brasil de Televisão, dedicado a programação retrô, exibe Kojac de tempos em tempos.

Starsky & Hutch: Amizade, Ferraris Vermelhas e Ação Sem Freios

Paul Michael Glaser (Starsky) era ator de teatro; depois virou diretor de filmes como “O Sobrevivente” (1987). David Soul (Hutch) emplacou carreira musical com “Don’t Give Up on Us”.

Antonio Fargas eternizou Huggy Bear, informante cool que gerou rumores de spin-off.

Produção & bastidores: Sob comando de William Blinn, a série popularizou perseguições filmadas com camera-rigs acopladas ao lendário Ford Gran Torino vermelho. A química improvável da dupla trouxe humor para um gênero até então sisudo.

Datas de estreia: EUA (ABC) – 10 abr 1975; Brasil – 1976 na Rede Globo (dublagem IC).

Temporadas & episódios marcantes: 4 temporadas. “The Fix” (S1E9) abordou dependência de drogas, tema ousado para horário nobre.

Curiosidades: A produção pagou bônus a Glaser para não abandonar o show na S4. O Torino era tão requisitado que a Ford lançou linha de réplicas em 1976.

Onde assistir: No Brasil você pode assistir Starsky & Hutch nos canais abertos RBTV – Rede Brasil de Televisão e na ISTV, esses canais exibem sériesfilmes e desenhos animados clássicos em sua programação diária.

Hawaii Five-O: Crime Sob o Sol do Pacífico

Antes de comandar a equipe Five-O, Jack Lord era galã de faroestes; depois da série, tornou-se símbolo eterno do turismo havaiano (o Governador lhe concedeu cidadania honorária). James MacArthur (Danny “Danno” Williams) migrou para teatro na Broadway.

Direção & bastidores: Produzida por Leonard Freeman, entre as séries policiais anos 70, foi a pioneira em gravar 100% on-location no Havaí, impulsionando a economia local. A abertura com ondas em câmera lenta virou ícone visual.

Datas de estreia: EUA (CBS) – 26 set 1968; Brasil – 1974 na TV Record.

Temporadas & episódios marcantes: 12 temporadas (278 episódios — recorde até “Lei & Ordem”). Episódio “Hookman” ganhou remake na versão 2010.

Curiosidades: O lema “Book ’em, Danno!” entrou para o Oxford Dictionary em 1986. A trilha de Morton Stevens chegou ao topo da Billboard.

Onde assistir: Temporadas clássicas sendo exibidas no canal de TV aberto RBTV – Rede Brasil de Televisão.

Arquivo Confidencial: O Detetive que Vivia de Trailer

James Garner trazia carisma de “Maverick” e ganhou Emmy por Jim Rockford, ex-presidiário que cobrava diária modesta e morava em Malibu. Noah Beery Jr. (Rocky) trouxe experiência de clássicos do cinema mudo para as séries policiais anos 70; Stuart Margolin (Angel) venceu dois Emmys.

Bastidores: Criada por Roy Huggins e Stephen J. Cannell, a série injetou humor seco e perseguições automobilísticas realistas via câmeras montadas em veículos compactos.

Estreia: EUA (NBC) – 13 set 1974; Brasil – 1978 na Band.

Temporadas & episódios marcantes: 6 temporadas. “Quickie Nirvana” (S2E6) e “The Italian Bird Fiasco” são cult; telefilmes de 1994-99 fecharam arco do personagem.

Curiosidades: A secretária eletrônica no início dos episódios trocava recados a cada semana, item raro no Brasil dos anos 70.

Onde assistir: Arquivo confidencial é encontrado para venda em DVDs no Mercado Livre.

Police Woman: Quebrando Barreiras com Pepper Anderson

Angie Dickinson já roubava cenas em “À Queima-Roupa” (1964); como Sgt. Pepper, virou a primeira protagonista feminina de drama policial no horário nobre. Earl Holliman (Cap. Crowley) migrou das séries policiais anos 70 para séries de faroeste após o fim.

Produção & bastidores: Robert Collins idealizou mostrar operações de disfarce; a NBC exigiu consultoria do LAPD para garantir credibilidade.

Estreia: EUA – 13 set 1974; Brasil – 1978 na Rede Globo.

Temporadas & episódios marcantes: 4 temporadas. Episódio “Flowers of Evil” (S1E3) sofreu censura em diversas afiliadas pelo tema LGBT, pauta rara na época.

Curiosidades: A audiência feminina subiu 30 % nos EUA durante a exibição; inspirou criação de delegacias da mulher em estados norte-americanos.

Onde assistir: Reprise eventual no canal de Tv por assinatura TCM. Você também encontra DVDs para venda no Mercado Livre.

Baretta: O Policial Fora do Padrão com Mascote Cacatua

Com a estreia em 17 de janeiro de 1975 na ABC, Baretta colocou o detetive disfarçado Tony Baretta, jaqueta de couro, boné “watch cap” e a cacatua Fred no ombro, no centro das atenções. O papel consagrou Robert Blake, ator mirim nos anos 50 que, após a série, tornou-se sinônimo de protagonista rebelde e carismático.

Direção & bastidores: Criada por Stephen J. Cannell como reformulação de “Toma” (1973-74), a produção gravava em locações reais nos bairros operários de Los Angeles para acentuar o clima urbano. O tema de abertura, cantado por Sammy Davis Jr., reforçava a pegada soul que diferenciava o programa dos demais séries policiais anos 70.

Datas de estreia: EUA — 17 jan 1975 (ABC). Brasil — 1977 na TV Tupi, com dublagem do estúdio Cine Castro; reprises na Rede Record durante os anos 90.

Temporadas & episódios marcantes: 4 temporadas, 82 episódios (até 18 mai 1978). Destaques: “He’ll Never See Daylight” (piloto de vingança pessoal), “The Gambler” (S2E5, vício em apostas) e “The Sky Is Falling” (S3E12, brutalidade policial).

Curiosidades: A cacatua Fred era treinada, mas vivia roubando lanches do set; a ABC proibiu Blake de usar terno para evitar comparações com “Kojak”; o ator comprou o Chevrolet Impala 1966 usado nas filmagens e manteve o carro por décadas.

Onde assistir: Você pode assistr Baretta no canal aberto de Tv RBTV – Rede Brasil de Televisão, dedicado a programação retrô.

FAQ — Perguntas que o Google recebe sobre o tema

1. Qual é a principal diferença entre as séries policiais anos 70 e as produções atuais?

As séries policiais anos 70 focavam no detetive carismático resolvendo o caso da semana, com menor ênfase em arcos longos. Hoje, mesmo os procedurals integram narrativas seriadas, exploram dilemas pessoais e técnicas forenses digitais. Ainda assim, a estrutura de “crime-investigação-resolução” criada nas séries policiais anos 70 segue como esqueleto do gênero.

2. Onde assistir séries policiais anos 70 sem pagar?

Plataforma Stream Prime Video,  canais abertos RBTV – Rede Brasil de Televisão e na ISTV, exibem sériesfilmes e desenhos animados clássicos em sua programação diária e canal de TV por assinatúra TCM.

3. Quanto custa comprar a coleção completa de “Kojak” em DVD no Brasil?

Em abril de 2025, boxes importados (5 temporadas) custam entre R$ 70 e R$ 480 em no Mercado Livre.

4. Qual das séries policiais anos 70 teve maior impacto cultural?

Hawaii Five-O” e sua abertura inesquecível influenciaram não só a TV, mas a música e a indústria turística havaiana, tornando-se marca registrada do estado. 

5. As técnicas forenses mostradas nas séries policiais anos 70 ainda são usadas?

Sim, porém de forma mais sofisticada. Impressões digitais, análises balísticas e interrogatórios psicológicos representam fundamentos que evoluíram com DNA e digital forensics. Assistir aos episódios originais mostra a linha do tempo desse progresso.

Clássicos que Nunca Saem de Cena

Os Séries Policiais Anos 70 não apenas entretiveram gerações; eles estabeleceram um padrão narrativo que ecoa em “CSI”, “NCIS” e tantos outros hits modernos.

Cada protagonista, da perspicácia de Columbo ao pragmatismo de Kojak, plantou uma semente em como entendemos a investigação criminal televisiva.

Legado e Relevância Atual

Mesmo em alta definição e trilhas sonoras renovadas, o coração dessas histórias permanece: personagem forte, método dedutivo e um gancho moral que deixa o espectador pensando.

Revisitar esses programas é revisitar o momento em que a televisão percebeu que podia ensinar, criticar e fascinar, tudo numa mesma hora de exibição.

Participe da Conversa!

Qual episódio mudou sua visão sobre séries policiais anos 70?

Compartilhe nos comentários, e sugira o próximo clássico que você quer ver analisado aqui no blog.

Sua memória pode virar nosso próximo artigo!

*Aviso de transparência:* este artigo contém links de afiliado. Se você comprar através deles, podemos receber uma pequena comissão, sem custo extra para você.


Foto de Augusto Tavares

Augusto Tavares

Me chamo Augusto Tavares, sou formado em Marketing e apaixonado pelo universo dos programas de TV que marcaram época. Como autor trago minha experiência em estratégia de comunicação e criação de conteúdo para escrever artigos que reúnem nostalgia e informação. Meu objetivo é despertar memórias afetivas nos leitores, mostrando como a era de ouro da televisão ainda influencia tendências e comportamentos nos dias de hoje.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress