Esta produção de US$ 15 mi ainda assombra ufólogos três décadas depois

Fogo no Céu
Imagem: Divulgação

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Quando estreou em 12 de março de 1993 nos Estados Unidos, Fogo no Céu chegou aos cinemas prometendo algo raro: dramatizar com seriedade um dos relatos de abdução alienígena mais famosos do mundo.

Com orçamento de US$ 15 milhões, o longa transformou o desaparecimento real do lenhador Travis Walton, ocorrido em 1975 no Arizona, num thriller que ainda faz entusiastas de ufologia prenderem a respiração.

Lançado no Brasil em 10 de setembro de 1993, o filme marcou presença em programas como a antiga Sessão de Gala da Rede Globo e, mais tarde, em fitas alugadas que circulavam entre fãs do tema.

Ao longo dos anos ele se consolidou como um “clássico de culto”, principalmente graças a uma sequência de abdução considerada por críticos como uma das mais angustiantes já vistas.

Vídeo: Canal Repassando Oficial

O Caso Real que Deu Origem ao Filme

Em 5 de novembro de 1975, Travis Walton trabalhava com cinco colegas na Floresta Nacional de Apache-Sitgreaves, próxima à pequena Snowflake, Arizona.

Ao fim do expediente, todos dizem ter visto um feixe azul pairando sobre as árvores. Walton se aproximou e, segundo os testemunhos, foi arremessado por um raio de luz.

Apavorados, os amigos fugiram; cinco dias depois, o lenhador reapareceu desorientado, alegando ter sido levado por seres de outro mundo.

O livro “The Walton Experience”, publicado em 1978, atraiu o roteirista Tracy Tormé, que percebeu ali material perfeito para o cinema.

Para tornar a história mais dinâmica, Tormé condensou depoimentos e acrescentou sequências que não constam na autobiografia, mas buscou manter o clima de pânico que envolveu a comunidade e a polícia local.

Elenco e Direção: Caras Conhecidas de Hollywood

À frente do projeto, o diretor canadense Robert Lieberman já tinha experiência em suspense televisivo (“O Círculo do Medo”) e trouxe um realismo quase documental.

  • D. B. Sweeney vive Travis Walton. O ator já era conhecido pelo romance esportivo “Um Casal Quase Perfeito” (1992) e mais tarde brilhou na série “Jericho”.
  • Robert Patrick interpreta Mike Rogers, líder da equipe de lenhadores. Patrick estourou mundialmente como o exterminador de “O Exterminador do Futuro 2” (1991) e depois figurou em “Arquivo X”.
  • Craig Sheffer (“Amor à Queima-Roupa”) dá vida a Allan Dallas, enquanto o veterano James Garner (“Maverick”, “Diário de uma Paixão”) aparece como o xerife alheio aos mistérios celestes.
    A química do grupo transmite a pressão social que os personagens sofreram quando boa parte da cidade suspeitou de assassinato – tema que move o primeiro ato.

Recepção, Bilheteria e Reconhecimento

Apesar das críticas divididas, “Fogo no Céu” arrecadou cerca de US$ 19,8 milhões nos EUA, cobrindo os custos de produção e garantindo sobrevida em VHS, DVD e, mais tarde, no streaming.

Na época, a revista Entertainment Weekly elogiou a “urgência autêntica” do elenco, mesmo apontando que o roteiro se “continha demais” nos detalhes extraterrestres.

Curiosamente, foi justamente a sequência dentro da nave, um pesadelo de seringas translúcidas e túneis orgânicos, que rendeu ao longa status cult.

Em 2017, a Paste Magazine listou a obra entre “Os 25 melhores filmes de ficção científica na Netflix” pela intensidade visceral dessas cenas.

Bastidores e Curiosidades de Tirar o Fôlego

  • Lieberman consultou ufólogos para reproduzir, nos mínimos detalhes, as luzes avermelhadas reportadas por Walton sob hipnose.
  • O látex usado para criar as mucosas alienígenas veio do mesmo fornecedor que serviu “Alien, o Oitavo Passageiro” (1979).
  • Para simular a sensação de gravidade zero no laboratório extraterrestre, Sweeney ficou pendurado por cabos presos a um guindaste que se movia em trilhos invisíveis ao enquadramento.
  • O estúdio considerou originalmente Bill Paxton para o papel de Mike, mas manteve Robert Patrick após o sucesso de “T2”.
  • Travis Walton faz uma ponta rápida como motorista de caminhão numa cena cortada, disponível apenas nos extras do DVD norte-americano.

Onde Assistir Hoje e Formatos Disponíveis

Em junho de 2025, “Fogo no Céu” não integra nenhum catálogo de assinatura no Brasil, mas está disponível para aluguel ou compra digital na Microsoft Store (SD e HD) e em plataformas internacionais como Apple TV e Prime Video* (dependendo da região).

Cópias físicas em Blu-ray importado, com áudio original e legendas em português, podem ser encontradas em lojas online especializadas.

Para quem prefere streaming via VPN, o longa costuma entrar no catálogo rotativo da Paramount+ dos EUA. Vale conferir a disponibilidade antes, pois licenças variam mês a mês.

Outros Trabalhos Marcantes do Elenco e da Equipe

  • D. B. Sweeney: depois de viver Walton, emprestou voz ao dinossauro Aladar em “Dinossauro” (2000) da Disney.
  • Robert Patrick: além de se juntar à série “Arquivo X” na oitava temporada, estrelou “Peacemaker” (2022) como o vilão Dragão Branco.
  • James Garner: voltou ao faroeste cômico em “Maverick” (1994) ao lado de Mel Gibson e, em 2004, emocionou plateias em “Diário de uma Paixão”.
  • Craig Sheffer: tornou-se rosto familiar da TV com “One Tree Hill” (2003-2012).
  • O roteirista Tracy Tormé criou a série “Sliders” (1995-2000), que também envolve realidades alternativas.

Fogo no Céu e Seu Legado Interplanetário

Três décadas depois, Fogo no Céu continua despertando debates sobre a fronteira tênue entre crença e ceticismo.

O filme transforma um relato contestado em drama humano: são amigos tentando provar sua inocência enquanto encaram a imprensa e a própria consciência.

Se você busca um suspense que ainda faz o coração acelerar, ele merece um lugar na sua lista.

Para o público brasileiro, revisitar a obra é reencontrar a era em que casos ufológicos dominavam telejornais, revistas de banca e programas como “Linha Direta”.

Mesmo com efeitos práticos datados, a atmosfera de incerteza permanece eficaz, lembrando que o terror nem sempre vem de monstros, mas do desconhecido.

Por fim, ao revisitar Fogo no Céu, percebemos como o cinema de ficção científica dos anos 1990 soube explorar pânicos coletivos sem recorrer a explosões frenéticas.

Aqui, a tensão nasce de ruídos na mata e do céu iluminado, provando que boas histórias de abdução ainda têm fôlego para inspirar novas gerações de cineastas, e de ufólogos de plantão.

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Foto de Augusto Tavares

Augusto Tavares

Me chamo Augusto Tavares, sou formado em Marketing e apaixonado pelo universo dos programas de TV que marcaram época. Como autor trago minha experiência em estratégia de comunicação e criação de conteúdo para escrever artigos que reúnem nostalgia e informação. Meu objetivo é despertar memórias afetivas nos leitores, mostrando como a era de ouro da televisão ainda influencia tendências e comportamentos nos dias de hoje.

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